quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Viver. Sem excessos, um dia de cada vez...

Sabe,

Eu quero ter o poder da escolha. Das minhas escolhas.
Quero experimentar. Quero ser pintora, fotógrafa, artista cantora, desenhista talvez... Por um dia, um mês ou num curso intensivo na minha última semana de férias.
A propósito, quero ter férias. Mas férias mesmo! Sem checar emails todos os dias, sem retornar ligações por obrigação. Aliás eu quero ligar só pra desejar 'bom dia'. Imagens repetidas do nascer do sol em mil e uma conversas no whatsApp me soam tão impessoal. Agora entendo porque aquele velho e querido amigo se libertou disso. 
Afinal para coisas importantes as pessoas ainda costumam ligar. E eu sei o que é importante pra mim, mesmo que eu não ligue para falar à respeito. E eu preciso mudar isso. 
E quero deixar projetos de lado quando eles já não atenderem às minhas expectativas. Sem ter dedos me indicando julgamentos de pessoas que mal sabem o meu nome. E por mais que eu diga que não me importo, no fundo, eu me importo e quase sempre sofro - muito - com isso. 
Quero tempo pra respirar, pra não pensar em nada.
Ou pra ficar sozinha e pensar em tudo. 
Quero brincar com crianças na rua e dizer-lhes o quão prazeroso é ser o que elas são. E o quanto eu gostaria de voltar a ser.
Quero ir à pé. Há muitos caminhos bonitos por aí que ainda não descobri. Aliás, quero um 'governo' que se preocupe realmente em garantir esse meu direito de ir e vir, com todas as implicações que isso requer. Alguma sugestão de candidato? 
Ok, chega de perguntas difíceis!!!
Quero dar atenção à alguém que eu nem conheça, mas que talvez com uma única palavra eu possa ajudar. E talvez essa mesma pessoa me retribua com um conselho qualquer que me fará muito sentido. Ou isso nunca aconteceu com você? Mas, lembre-se: 2 e 2 pra mim são 4, mas talvez seja melhor você encarar isso como um 22. 
E depois eu vou rir do fato de termos conversado por alguns instantes sem ao menos sabermos o nome um do outro e acho que me orgulharia disso.
Eu quero ser melhor. Quero não repetir antigos erros. Aprender e compartilhar maneiras de chegar ao acerto, se é que o que considero certo realmente o seja.
Quero esbarrar em alguém e pedir desculpas olhando nos olhos, pra que o tal pedido de fato tenha sentido.
Quero ver meus amigos no Natal e numa quarta-feira qualquer com a mesma felicidade e o mesmo desejo de abraçá-los. Quero-os por perto. 
Quero aprender e reaprender a ser.
Quero obstáculos e força de vontade para superá-los.
Quero chorar tudo que eu tenha pra chorar. E quero chorar sem culpa. Sem me importar se possa parecer patética, ou talvez, piegas.
Que entre trancos, outonos e barrancos o meu passeio da vida seja no mínimo florido e significativo.
E que eu me permita todas as oportunidades de sorrir. Sem medo do que possa vir depois.




Sem excessos, um dia de cada vez.



Beijo,
Júlia.

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