É uma casa pequena.
No canto esquerdo da sala há um baú.
Ele é revestido com uma seda suave e sua fechadura é muito pequena.
Nele são guardadas várias coisas.
Muitas vezes serve de refúgio para lágrimas perdidas.
Sempre tem espaço para sonhos que nunca foram sonhados verdadeiramente.
Também é ocupado por palavras petrificadas, ainda sujas de sangue pelo machucado que
causaram.
Ele tem um compartimento especial que guarda as pessoas que não mais souberam olhar do mesmo jeito.
E por isso foram embora.
Uma divisória separa isso tudo dos amores perdidos e nunca vividos.
No centro dele há um espaço vazio que guarda a solidão.
É um baú muito pesado. Na verdade ele nunca foi organizado.
E em dias de loucura, tenho vontade de jogá-lo fora e deixar a casa mais leve.
Então lembro que é ele o responsável por pulsar em mim o que eu chamo ousadamente de
“vida”.
Mas eu prometo que um dia irei organizá-lo e guardarei apenas o que for possível guardar.
Afinal de contas, há certas coisas que você só olha... Apenas olha. E deixa lá!
Élcio Luiz.
Espero que tenham gostado tanto quanto eu!
Beijos e até a sexta! ;)
Jú.
perfeito perfeito ♡♡
ResponderExcluirPARABÉNS A VCS DOIS POR ESSA PARCERIA. FALAR DE SI E PRINCIPALMENTE DAQUILO QUE TRAZEMOS NO NOSSO INTERIOR NÃO É FÁCIL E VCS FAZEM COM MUITO AMOR E CARINHO. SEMPRE DIGO QUE QUEM CONSEGUE FAZER POEMAS SÃO PESSOAS SENSÍVEIS - NÃO ESTOU FALANDO DE ALIENAÇÃO NÃO - MAS SENSÍVEIS. QUEM CONSEGUE VER E SENTIR A SIMPLICIDADE CONSEGUE VER A DEUS. PARABÉNS! DIEGO LUIZ
ResponderExcluirQUE LINDO. Parabens, Elico.
ResponderExcluir